A ria de Aveiro estende-se, pelo interior, paralelamente ao mar, numa distância de 45 quilómetros e com uma largura máxima de onze quilómetros, no sentido Este-Oeste, desde Ovar até Mira.
A Ria é o resultado do recuo do mar, com a formação de cordões litorais que, a partir do século XVI, formaram uma laguna que constitui um dos mais importantes e belos "acidentes" hidrográficos da costa portuguesa.
Em tempos remotos, a costa apresentaria uma configuração bem diferente da actual. Deveria ser uma imensa baía junto da foz do rio Vouga, com um aspecto semelhante ao representado na figura, ao lado.
Com o passar dos anos, e devido a um lento processo de deposição de areias com formação de cordões dunares litorais, começou a surgir uma laguna com algumas ilhas dispersas no interior, ficando com um aspecto semelhante ao da figura ao lado.
Ao longo dos tempos o processo de formação do cordão litoral de dunas deu origem a uma laguna, na qual desagua o rio Vouga e outros pequenos cursos de água.
Durante vários séculos a ligação com o mar, conheceu diferentes localizações, entre Ovar e Mira, havendo anos em que a laguna ficava completamente isolada do mar, tornando esses períodos de muita pobreza e calamidade para os habitantes de Aveiro.
Foi então que no século XIX, às 7 horas da tarde do dia 03 de Abril de 1808, a Barra de Aveiro foi fixada definitivamente na zona onde actualmente se encontra, permitindo desta forma, com que a ria de Aveiro se tornasse importante meio de comunicação e ligação importantíssimo, para além do belo elemento paisagístico, que tão bem caracteriza esta região.
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