quarta-feira, 30 de abril de 2008

Maravilhas do Mundo: Construções na Areia...


Em tempo de praia, construir um castelo na areia, é uma das formas mais comuns das crianças se divertirem à beira-mar... Contudo, ao longo dos tempos, este tipo de brincadeiras, foram adoptadas pelos mais crescidos, ao ponto de serem feitos campeonatos, festivais e espectáculos, para dar a conhecer estas belas representações, simbólicas e características, dignas de serem mostradas em qualquer local que valorize a arte. Deixo-vos na presença destas belas imagens que retratam, na medida do possível a magnitude deste tipo de arte, que tanto aprecio.

Aqui fica um repto a todos os visitantes... Será que alguém é capaz de descobrir onde tirei estas fotos ? ;)


terça-feira, 29 de abril de 2008

O Destino do Peixe... No Museu Marítimo de Ílhavo

Inauguração de exposição - Dia 03 de Maio, Sábado, às 17h00.
Exposição patente até 20 de Julho.



Segundo, Mário Ruivo - Biólogo

Quando folheei pela primeira vez o livro de Isabelle Lebastard (Poemas) e de Brigitte d’Ozouville (Fotografias), para além da transcendência das imagens impressionou-me o quebrar das barreiras culturais que representa. Produto desta nova Europa em que as identidades tradicionais se integram com a vivência num espaço cultural vasto que ultrapassa fronteiras, onde se manifestam as sensibilidades individuais agora desinibidas da ortodoxia dicotómica entre “nós” e os “outros”.

Francesas, investigadoras e mães de família, como elas próprias se apresentam, Isabelle Lebastard e Brigitte d’Ozouville só se encontraram em Portugal, seu “país de adopção”, atraídas ambas pela luz e pela língua que aqui descobriram. É essa luz e essa língua – é esse sentir - que as autoras nos devolvem nesta obra centrada sobre o mar e o litoral. O título, “Destino de Peixe”, desperta-me lembranças pessoais: nasci em Março sob o signo dos peixes e é nos mistérios do mar que tenho andado embrenhado. A todos, por certo, abre-nos as portas da imaginação: os barcos abandonados nos sapais, as redes como espuma ao vento, o céu e os mares azuis a perderem-se no horizonte.


Na complementaridade dos seus Poemas e Fotografias, as autoras transmitem-nos um olhar pleno de intimidade sobre um Portugal que os que aqui nascemos, tendemos muitas vezes a ignorar. Um olhar que é ao mesmo tempo poético e antropológico, pictural e sentimental. Não um simples retrato, afinal, mas uma procura sensível deste país e da memória histórica da sua atitude em face do “Mar – Oceano” em contraponto com o destino – o destino do peixe e o destino do homem que se cruzam: “Rezem para que as almas os pescadores regressem”, “… peixes cujas almas fogem a voar.” “História familiar” do peixe–alimento e do peixe–imaginário. Visão patente nos pratos de cerâmica decorativa que trazem o mar e o peixe para o quotidiano das nossas casas. As meta-fotografias de Brigitte d’Ozouville mostram-nos múltiplas dimensões desta realidade e revelam-na nas abstracções das tintas usadas pelo tempo e pela salsugem ou no entrelaçado das redes modelando a dinâmica das vagas. Universo marcado pela presença do homem como deus ex-machina, o braço que controla a chave do mundo tecnológico em que o pescado se empilha nas “…caixas metálicas bem fechadas”, nas palavras de Isabelle Lebastard.

Vem-me à mente, a propósito, uma reflexão da minha saudosa amiga Elizabeth Mann Borgese, num trabalho sobre o oceano planetário a que estivemos associados e já muito distante no tempo quando acentua que “Só o homem deixou marcas indeléveis da forma como a sua inteligência interpreta o mar e como o mar influi em si e na sua vida, o seu pensamento e a sua concepção do mundo”...


Fonte: Museu Marítimo de Ílhavo.

A Regata Internacional Rota da Luz Rias Baixais – Ria de Aveiro inicia-se este fim-de-semana


A Regata Internacional Rota da luz Rias Baixas – Ria de Aveiro, inicia-se este fim-de-semana, 1 a 4, com o arranque da 1ª etapa Pobra de Caramiñal – Vigo – Povoa de Varzim. No fim-de-semana seguinte, 10 e 11 de Maio, tem lugar a 2ª etapa que percorre Póvoa de Varzim a Aveiro.

Esta regata conta com a organização conjunta de Associação Aveirense de Vela de Cruzeiro – AVELA, Club Atlântico de Navegacíon de Altura de Galicia e o Clube Naval Povoense e apoio da empresa espanhola Maregalia.

A forte componente náutica e marítima da região de Aveiro é um factor de afirmação regional, com dimensão e projecção internacional, que proporciona inúmeras possibilidades de desenvolvimento turístico sustentável. Nesta medida, a Região de Turismo Rota da Luz aproveita o lançamento da Regata para realizar uma campanha promocional na Galiza, envolvendo diversos agentes turísticos regionais que irão assistir a partida da Regata a partir de Pobra de Caraminal (Vigo).

Do programa consta um passeio em Catamaran, visita a pontos estratégicos da ria, jantar de recepção aos convidados e participantes assim como diferentes momentos animação.

A participação da Rota da Luz nesta acção enquadra-se na nova estratégia promocional e comunicacional delineada para a região – uma Região de Água, dinâmica, activa, com espaços de água únicos direccionados para o lazer, diversão, aventura, conhecimento e emoção. Principal produto estratégico para o desenvolvimento turístico regional, o turismo náutico encontra nesta região condições naturais únicas, diferenciadoras, enquadrando-se nas novas tendências da procura turística nacional e internacional.

A promoção da Regata Internacional Rota da Luz Rias Baixas – Ria de Aveiro, a difusão do turismo náutico e as possibilidades de crescimento deste produto e consequente dinâmica das associações e clubes náuticos e agentes turísticos regionais são elementos estratégicos na afirmação e comunicação internacional, da forte componente náutica e marítima que caracteriza e diferencia a Região de Aveiro.
Desta forma a Rota da Luz estará presente de um modo activo promovendo o destino Aveiro, procurando criar diferentes momentos de animação assim como interacção com os variados públicos.

O mercado espanhol representa para a Região de Aveiro o principal mercado internacional emissor de turistas. A Galiza é responsável por uma percentagem elevada de turistas e visitantes na Rota da Luz, deste modo, ao desenvolver mais uma acção promocional em Espanha, a Região de Turismo Rota da luz procura envolver e fidelizar um mercado que encontra no destino Aveiro inúmeros motivos de visita, e com o qual partilha peculiares afinidades.

Segundo Pedro Silva, Presidente da Rota da Luz «Este evento enquadra-se na prioridade de promoção da Região que deve ter o turismo náutico como principal valor na comunicação deste destino turístico de excelência».


Consulte aqui:

Fonte: Rota da Luz.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Selos & Moedas – Edição dedicada ao Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro

Revista de Filatelia e Numismática do Clube dos Galitos.
Edição dedicada ao Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro.
Abril 2008, Ano 39º, Nº 127.

À descoberta do Aquário Vasco da Gama...


Integrado nas comemorações do IV centenário da Descoberta do caminho marítimo para a Índia, e sob o impulso do Rei D. Carlos I (o rei que amava o mar) a 20 de Maio de1898, é fundado o Aquário Vasco da Gama que tem como principal objectivo a divulgação da vida aquática.

Desde 1901, a Marinha Portuguesa, é a entidade que tutela o Aquário Vasco da Gama, entre 1910 e 1950 foi um importante centro de investigação do mar, integrando uma Estação de Biologia Marítima.

Para quem quiser visitar o Aquário Vasco da Gama, ao seu dispor irá encontrar:

Um Museu:

O museu possui uma grande variedade de exemplares conservados e naturalizados, grande parte da Colecção Oceanográfica do rei D. Carlos I.

Um Aquário:

O Aquário possui uma exposição de seres vivos, são mais de 4000 espécimenes, distribuídos por 92 aquários de água doce e salgada.

Para visitar o Aquário Vasco da Gama, ou saber mais informações, basta visitar o site:http://aquariovgama.marinha.pt/AVGAMA/Site/PT.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

MOSTRA FILATÉLICA DO MAR


As comemorações do Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro prosseguem. A Secção Filatélica e Numismática do Clube dos Galitos associa-se à efeméride, com a realização da Mostra do Mar – mostra filatélica subordinada ao tema Mar.

Esta iniciativa realizar-se-á de 2 a 7 de Maio, nas instalações da antiga Capitania do Porto de Aveiro (no centro da cidade).

O carimbo comemorativo será lançado sábado, dia 3 de Maio, pelas 14h00, no local da Exposição.


A partir das 15h30m, realizar-se-ão três palestras subordinadas aos seguintes temas:

- “Os Estaleiros dos Mónicas na história da construção naval na Ria de Aveiro”, pelo Capitão João Batel;

- “História Postal – Correio Marítimo”, pelo Dr. Luís Frazão;
- “Pesca do Bacalhau – uma viagem”, pelo Capitão Marques da Silva.

Aveiro, o Clube dos Galitos, a Secção Filatélica e Numismática e a Comissão das Comemorações do Bicentenário da abertura da Barra aguardam pela vossa visita.


Fonte: Porto de Aveiro: Newsletter n.º 134.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Livro: Uma Aventura nos Oceanos

No âmbito da colecção "1 2 3 Aprender é Divertido", o Pingo Doce, em pareceria com o Oceanário de Lisboa, lançou recentemente o livro "Uma Aventura nos Oceanos". Este é uma ferramenta didáctica que de forma divertida e bem disposta apela à preservação dos mares e oceanos.
O livro tem como principal herói, o Vasco, a mascote do Oceanário de Lisboa, e está à venda em todos os supermercados do Pingo Doce.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Arquivo da APA: Planta do projecto da abertura da Barra


1807 - Cópia de uma planta relativa ao projecto da abertura da Barra de Aveiro, pelo Sarg.to Mor do R. Corpo de Eng.os Luiz Gomes de Carvalho.


Fonte: Porto de Aveiro.

Ciclovia da Barra pronta no Verão

Noventa dias é o tempo previsto de construção para a Ciclovia da Barra, o que significa que já este Verão será possível, para os peões e ciclistas, circular com mais segurança entre o Largo do Farol e a Ponte da Barra.



O Executivo municipal ilhavense adjudicou ontem em reunião camarária, a obra de construção da Ciclovia da praia da Barra, cujo percurso será compreendido entre o Largo do Farol e a ponte da Barra, com reperfilamento da principal avenida (Av. João Corte Real).

O valor estimado da obra ronda os 300 mil euros e o seu prazo de execução é de 90 dias, pelo que no próximo mês de Julho já estará terminada.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Fernando Caçoilo, que ontem presidiu à reunião do Executivo em substituição de Ribau Esteves, explica que esta é «apenas uma parte da “ciclovia das praias” que está prevista». Com efeito, está planeada a ligação desta ciclovia à já existente, na zona do relvado da Costa Nova, que, na zona da Biarritz, será feita com a obra de qualificação da margem Poente do Canal de Mira. Actualmente, já existe uma ciclovia marginal à Ria nesta localidade, que estabelece a ligação entre o Cais dos Pescadores e o Clube de Vela da Costa Nova. Futuramente, será feita uma ligação entre este ponto e a rotunda da Barra. Esta fase de interligação, encontrando-se integrada nas obras de recuperação da Frente-Ria da Costa Nova está, de acordo com Fernando Caçoilo, «dependente da actuação da Mais Ílhavo, SA», estando em fase de projecto e licenciamento.
Com a intervenção da fase ontem adjudicada, a autarquia considera que cumprirá o objectivo de «melhorar o ordenamento e as condições de segurança dos automobilistas, ciclistas e peões que circulam na Av. João Corte Real», arruamento central da área urbana da Barra.

Fonte: Diário de Aveiro.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Arte: Pintura a Óleo II

Corveta "Andorinha"

Corveta "Andorinha", navio do século XVIII. Reprodução de pintura a óleo de Alberto Cutileiro.

Galeão "Santa Luzia"

Galeão "Santa Luzia", do século XVII. Navio de 360 tonéis, armado com 30 peças. Reprodução de pintura a óleo de Alberto Cutileiro.


Nau "Santa Catarina do Monte Sinai"

Nau "Santa Catarina do Monte Sinai". Reprodução de pintura a óleo de Alberto Cutileiro.
Nau "Nossa Senhora da Conceição"

Nau "Nossa Senhora da Conceição", do século XVIII (1701-1724). Navio de 80 peças, capitânea das Armadas Portuguesas na campanha de Corfu (1716) e na Batalha Naval do Cabo Matapan (1717). Reprodução de pintura a óleo de Alberto Cutileiro.


Fonte: Museu de Marinha.

Arquivo da APA: O Sextante Husun N.º 56231

Sextante Husun N.º 56231


O sextante é um instrumento elaborado para medir a abertura angular da vertical de um astro e o horizonte para fins de posicionamento global navegação estimada, mas nada impede de ser usado para calcular as distancias comparando o tamanho aparente de objetos. O seu limbo tem uma extensão angular de 60º (origem da designação sextante) e está graduado de 0º a 120º. Nele corre uma alidade destinada a apontar o instrumento ao objecto visado e a realizar a leitura do ângulo medido. Um sistema de dupla reflexão, formado por um espelho móvel e um espelho fixo, permite efectuar a coincidência entre as imagens do horizonte visual e do objecto observado (ou dos dois objectos observados, no caso de se pretender medir o ângulo entre eles). O sextante marítimo, o mais comum, permite realizar medições angulares com uma exactidão de cerca de 0,5 minutos de arco. Devido à sua grande importância histórica na determinação da posição dos navios no mar, o sextante é o símbolo adoptado pela navegação marítima e pelos navegadores há mais de duzentos anos.

Fonte: Porto de Aveiro e Wikipédia.

domingo, 20 de abril de 2008

Aveiro: Sal à beira da protecção europeia

O sal de Aveiro, a par com o salgado de três países, pode estar a um passo de ser reconhecido com a Indicação Geográfica Protegida e Denominação de Origem Protegida. A Associação de Produtores e Marnotos da Ria de Aveiro tem também em mente um plano para aumentar a produção de sal tradicional para as 10 toneladas por ano.


O sal de Aveiro e outros salgados de três países estão à beira de conseguir o reconhecimento de Indicação Geográfica Protegida (IGP) e de Denominação de Origem Protegida (DOP), no seguimento da votação favorável, na passada quinta-feira, por unanimidade, pelos 27 estados membros da União Europeia, da inserção daquele produto tradicional no anexo ao Regulamento 510/ 2006 da Comissão sobre a IGP e a DOP.
A partir daqui, os produtores terão de preparar os cadernos de encargos onde serão descritas as características do sal e da produção de forma a solicitar o seu registo em Bruxelas.
A decisão ao nível europeu surge no seguimento de um requerimento apresentado, em Maio do ano passado, pelos produtores de sal marinho artesanal de França, Itália, Espanha e Portugal, junto da Direcção Geral da Agricultura da Comissão Europeia, que tinha em vista permitir aos diferentes sais marinhos recolhidos manualmente beneficiar dum reconhecimento como IGP/DOP.
A decisão dos 27 estados membros abre «a via à protecção dos sais pela indicação geográfica na União Europeia» segundo refere um comunicado dos quatro países produtores, reunidos na Federação Europeia dos Produtores de Sal Marinho Recolhido Manualmente. Depois de conhecida a decisão, o presidente da federação, Michel Coquard, conclui que será possível «apresentar os processos de registo em Bruxelas e, por consequência, proteger e valorizar os produtos oferecendo aos consumidores as garantias da origem e da qualidade».
Quanto fala no sal tradicional recolhido manualmente, o presidente refere-se a uma «história e características próprias e uma ligação muito forte com os locais de onde provêm».
Na prática, obtendo o selo de certificação do produto, «ninguém pode rotular como sendo sal de Aveiro sal que não seja da região e da maneira como é produzido», disse ontem, ao Diário de Aveiro, o presidente da Associação de Produtores e Marnotos da Ria de Aveiro (APMRA), Manuel Estrela Esteves.
E «como Aveiro não tem sal industrial, só o artesanal pode ter o estatuto de sal de Aveiro», acrescenta. Além da associação aveirense, são membros fundadores da Federação Europeia dos Produtores de Sal Marinho Recolhido Manualmente a Association Espagnole de Salinas Marinas Artisanales - AESMAR, a Association Française des Producteurs de Sel Marin de l’Atlantique récolté manuellement, o Consorzio per la Valorizzazione del Sale MARino di Trapani - SMART e a Federação Nacional de Produtores de Sal Marinho Artesanal – FENA.Sal (Tradisal de Castro Marim e APMRA de Aveiro).
Actualmente, o que está a acontecer é a importação de sal, «embalado em Aveiro e tido como sal de Aveiro», segundo o presidente da APMRA. Com a certificação da produção, o cenário deverá mudar, o que pode sugerir a possibilidade do sal de Aveiro ganhar mercado. Mas para Manuel Estrela Esteves será necessário, primeiro, «aumentar a produção». E a associação tem um plano para conseguir isso.

Plano de 50 marinhas

Enquanto a associação prepara a convocação dos produtores para iniciarem a preparação dos cadernos de encargos, e admite vir a apelar para a APMRA conseguir certificar as produções de Aveiro, apoiada pelo laboratório da Universidade de Aveiro, a organização tem um plano para conseguir elevar a quantidade da produção de sal em cada safra.
Está em curso a reabilitação de três núcleos incluídos na zona do salgado de Aveiro, constituídos por 50 marinhas, que podem ser activadas através de obras de protecção da envolvência de cada grupo. A associação pretende que o plano de actividades do novo Programa Polis para a Ria inclua aquela obra de protecção dos núcleos de marinhas, reconstruindo os muros de protecção em redor das salinas em causa, que poderá atingir uma produção anual de 10 mil toneladas.
Contemplando aqueles núcleos nas obras do Polis, cujo plano a APMRA já abordou com a Administração da Região Hidrográfica do Centro, será depois necessário os proprietários de marinhas realizarem obras de recuperação nas suas propriedades, se for caso disso, podendo beneficiar de apoios financeiros.
Mas não é apenas o aumento da quantidade de sal que está em causa. Para Estrela Esteves, a certificação impõe o cumprimento de características quanto à qualidade da água. Neste ponto, há dois aspectos a ter em conta, que constituem «ameaças graves»: a poluição decorrente da actividade portuária e a expansão da piscicultura.

Fonte: Diário de Aveiro.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Arquivo APA: O Teodolito

Teodolito SL (Sociéte des Lunetiers Unis)

O teodolito é um instrumento óptico de medida utilizado na topografia, na geodésia e na agrimensura para realizar medidas de ângulos verticais e horizontais, usado em redes de triangulação. Basicamente é um telescópio com movimentos graduados na vertical e na horizontal, e montado sobre um tripé centrado e verticalizado, podendo possuir ou não uma bússola incorporada.


Fonte: Porto de Aveiro e Wikipédia.

Arquivo APA: Termos de entrada de Embarcações 1854-1855

1854-1855 Termos de entrada de embarcações

Livro manuscrito de registo, da Alfândega de Aveiro, dos termos de entrada de embarcações. Na margem, dados quantitativos presentes no texto. Encadernado com pastas revestidas a papel de fantasia, com lombada em pele.


Transcrição do documento

"Nesta mesa grande da Alfândega de Aveiro compareceu José Inácio Caiado, mestre da Bateira portuguesa denominada Olho Vivo vinda do Porto com dois dias de viagem do lote de vinte e nove toneladas com quatro pessoas de tripulação e declarou o mestre trazer a seu bordo os seguintes géneros, a saber. Sete baús com diferentes objectos; um caixão com ditos ditos, um cesto com ditos ditos; um baú de lata com ditos ditos; um embrulho de esteiras; uma bacia de lata; um caixão com farinha de pão e carne.
E por que de nada mais consta a carga da dita bateira assinou o mestre este termo sujeitando-se em tudo às disposições do regimento e mais leis fiscais.

Alfândega de Aveiro oito de Junho de mil oitocentos cinquenta e quatro."


(O mestre assinou de cruz)

(Contém na margem direita do documento uma pequena listagem de elementos informativos a partir do documento: tipo de embarcação, nome, procedência, dias de viagem, tonelagem, n.º de tripulantes e passageiros).

Fonte: Arquivo da Administração do Porto de Aveiro.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Porto de Aveiro: Relatório de Sustentabilidade 2007


No âmbito das Orientações Estratégicas para o Sector Marítimo-Portuário, a Administração do Porto de Aveiro elaborou o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade.

Este documento pretende descrever a actividade desenvolvida pela APA, evidenciando a crescente preocupação em atingir os objectivos económicos de rentabilidade sem comprometer as gerações futuras, garantindo a sustentabilidade do meio circundante pela integração dos factores ambientais e humanos.
O documento encontra-se disponível aqui.


Fonte: Porto de Aveiro: Newsletters n.º133.

“Regata 200 Anos da Abertura da Barra” - Optimist


Com organização da Escola de Vela do Sporting Clube de Aveiro e em colaboração com o Porto de Aveiro, decorreu no fim de semana de 5 e 6 de Abril a Regata “200 Anos da Abertura da Barra de Aveiro” – Vela Ligeira, enquadrada no Troféu Norte da Classe Optimist (6-15 anos).

Esta regata, que se enquadra no “Projecto Aveiro Vela”, decorreu na Baía do Terminal de Granéis Sólidos do Porto de Aveiro, tendo reunido cerca de 60 velejadores Optimists dos grupos A,B e P, distribuídos por vários clubes da região norte e centro do país.

De salientar a presença nesta regata de 19 velejadores da Escola do Sporting, verdadeira referência na formação de excelência de velejadores de todas as idades.

São Jacinto serviu como base de apoio à organização da regata, que contou com as imprescindíveis colaborações da Junta de Freguesia de São Jacinto, da Associação Desportiva e Cultural de São Jacinto, dos Escuteiros Marítimos de São Jacinto, da Rota da Luz e da Câmara de Aveiro.


A empresa INDASA e o BBVA patrocinaram esta regata inovadora, envolvendo uma logística considerável, apenas possível graças à forte e vasta equipa de colaboradores da Escola de Vela do Sporting.

O lanche e a cerimónia de entrega de prémios, que decorreu no Complexo Desportivo de São Jacinto, contou com a presença de cerca de 150 pessoas, num ambiente agradável e de boa disposição.

Os lugares de pódio foram distribuídos pelos velejadores do Sporting Clube de Aveiro, NADO, CVCN, CVVC, ANGE e CMCoimbra, estando igualmente presentes a MCG e CNP (para mais informações consultar www.sportingcaveiro.pt/vela).

Fonte: Porto de Aveiro: Newsletter n.º 133.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Arte: Pintura a Óleo


Armada de Vasco da Gama

Armada de Vasco da Gama, século XV, constituída pelas naus "São Gabriel", "São Rafael" e "Bérrio", de 120, 100 e 50 tonéis, respectivamente. Descobriu o caminho marítimo para a Índia em 1497/98. Reprodução de pintura a óleo de Alberto Cutileiro


Barca, Caravela e Barinel


Barca, caravela e barinel do século XV, navios utilizados no período inicial dos Descobrimentos. Reprodução de pintura a óleo de Alberto Cutileiro.


Nau "Flor de la Mar"

Nau "Flor de la Mar", navio do século XVI. Nau de 400 tonéis que pertenceu à armada de Vasco da Gama (1502), D. Francisco de Almeida (1505) e Afonso de Albuquerque (1510). Reprodução de pintura a óleo de Alberto Cutileiro.

Fonte: Museu de Marinha.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Memórias VIII

Protecção ao Farol: estacas e tabuado em eucalipto.

Protecção ao Farol: estacas e tabuado em eucalipto.


Protecção ao Farol: estacas e tabuado em eucalipto.



Transporte de estacas em eucalipto para defesa do Farol.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Arquivo APA: Estaca de Madeira


Estaca das fundações da antiga ponte de madeira que ligava o Forte da Barra à Barra. Foi retirada por ocasião da dragagem do canal de acesso ao novo Sector de Pesca Costeira.

A longa marcha para o esquecimento de Gomes de Carvalho

Foto: Jornal "O Aveiro"

Em 1987, a pedido do Círculo Experimental de Teatro de Aveiro (CETA), escreve uma peça de teatro para comemorar os 30 anos de actividade daquele grupo performativo. E ao seu melhor estilo, pega em acontecimentos históricos para reflectir sobre o presente e chamá-lo à razão.

Jaime Gaspar Gralheiro pegou na obra que abriu a barra de Aveiro para lembrar o seu engenheiro esquecido pela história: Luís Gomes de Carvalho. À peça deu-lhe o nome de A Longa Marcha para o Esquecimento.

Jaime Gralheiro nasceu em São Pedro do Sul em 1930. É advogado, político e dramaturgo. Foi o primeiro presidente da Câmara de São Pedro do Sul, após o 25 de Abril. Regressou sempre à Câmara como vereador do PCP. Escreveu 16 peças para teatro. Ramos partidos, Belchior, Farruncha, o Fosso, Na Barca com o Mestre Gil são apenas algumas das obras que foram encenadas de Norte a Sul do país. Obras sempre baseadas em factos históricos com as quais pretende passar recados ao presente. A Longa Marcha para o Esquecimento é disso exemplo. No ano em que se comemoram 200 anos sobre a abertura da barra propôs que a peça voltasse ao palco. Não teve resposta de Aveiro.

Em 1987 foi convidado pelo Círculo Experimental de Teatro de Aveiro (CETA) para escrever uma peça de teatro sobre Aveiro. Como é que lhe surge a ideia de escrever sobre a abertura barra de Aveiro?

Sempre tive uma grande admiração pelo CETA que, nessa altura, era dos melhores grupos de teatro amadores do país. Aceitei o convite, pouco sabia de Aveiro e comecei a pesquisar. A certa altura, num texto qualquer, vi uma referência a Luís Gomes de Carvalho com uma nota que dizia: "Com quem Aveiro foi muito injusto". Eu andava à procura de um tema com choque dramático e, através daquela nota de rodapé, fui procurando saber quem era esse tal Gomes de Carvalho.

Que descobriu acerca de Gomes de Carvalho?

Descobri uma conferência notável do Comandante Rocha e Cunha pronunciada na Sociedade de Geografia, em 1921, onde o mesmo historiava detalhadamente todo o calvário pelo qual a cidade de Aveiro passou, desde que a barra se fechou, em 1575, em razão de um Inverno pavoroso a partir do qual a cidade ficou sem ligação ao mar, até 1808 quando a Barra foi aberta. O Comandante Rocha e Cunha conta isso com grande pormenor e aponta determinadas pessoas que se distinguiram nessa luta que durou 233 anos. E posso dizer que a primeira promessa que apareceu da parte do poder para que a barra fosse aberta foi do próprio Filipe I, porque a Câmara de Aveiro foi das primeiras a dar as boas vindas ao rei espanhol.

Mas não foi Filipe I a testemunhar a abertura da barra.

O primeiro aveirense que lutou bravamente para que o porto fosse aberto foi Cristóvão de Pinho Queimado, do século XVII para o século XVIII, quando o rei era D. Afonso VI. Nessa altura chegaram mesmo a vir a Aveiro uns engenheiros hidráulicos holandeses que eram, na Europa, quem mais sabia sobre engenharia hidráulica. Eles vieram cá, deram sugestões, mas não se chegou a avançar com nada.

Até que no tempo do Marquês de Pombal há uma nova tentativa para abrir a barra. E quem está por de trás dessa tentativa é o Duque de Aveiro que patrocina a petição e essa vontade dos aveirenses. Simplesmente o Duque de Aveiro é apanhado na conspiração contra o rei e cai na desgraça.

E eis que surge Gomes de Carvalho.

Exactamente. Já no reinado de Dona Maria II, quando era regente o seu filho que veio a ser o D. João VI, no dia 2 de Janeiro de 1802, é expedido aviso régio para o coronel Reinaldo Oudinot e para o seu genro, o engenheiro Luís Gomes de Carvalho. Os dois estavam na época a trabalhar nas obras do Porto de Leixões. No dia 21 desse mesmo mês estes dois engenheiros militares marcharam para Aveiro. Ainda antes do projecto ter sido aprovado conseguiram autorização da rainha para iniciarem as obras sob a direcção de Luís Gomes de Carvalho. A teimosia da barra tinha encontrado pela frente a teimosia do homem.

Que circunstâncias levam o engenheiro Luís Gomes de Carvalho a assumir tanta preponderância nas obras da abertura da barra?

Ele era um homem determinado e teve uma atitude perante o porto que nunca ninguém tinha tido. Ele corre toda a bacia, estuda-a do ponto de vista das marés, das plantas, das ondas, dos ventos… Ele faz um estudo integrado da ria, o que era notável para o princípio do século XIX. Por isso ele começa a ter alguma preponderância. Embora quem mandasse fosse o coronel Reinaldo Oudinot, que mandou abrir inclusivamente um canal para drenar mais facilmente as águas, e que ainda hoje é conhecido pelo canal Oudinot, a certa altura o coronel terá tido alguma crispação com o genro. Passado um ou dois anos deles terem iniciado as obras da construção do porto de Aveiro, o coronel Oudinot vai para a Madeira para preparar as obras do porto do Funchal e o Gomes de Carvalho é que fica a dirigir as obras em Aveiro.

Como se processaram os trabalhos técnicos para abrir a barra?

O Gomes de Carvalho, face à corrente do rio Vouga, resolve abrir um leito novo, a que deu o nome de Rio Novo do Príncipe. O objectivo era que o rio entrasse mais directa e facilmente em direcção ao local que ele escolheu para abrir a barra. Esse local escolhido é precisamente o sítio onde presentemente se dá a ligação da ria com o mar, ao contrário da antiga barra que estava situada na Vagueira. Para isso ele precisou de armazenar junto à futura abertura uma grande quantidade de água. Para tal fez um paredão que vinha desde as Gafanhas e que serviu para conduzir as águas em direcção ao local onde seria aberta a barra.

Conta a história que as pedras utilizadas na construção desse paredão tiveram proveniência da muralha de Aveiro.

Exactamente. Como não havia pedra nessa altura o Gomes de Carvalho propôs que as da muralha de Aveiro fossem utilizadas nesses paredões. Essas pedras, que dantes eram utilizadas para defender Aveiro dos piratas, passaram a ser muralhas para defenderem Aveiro das tormentas do mar. Ele então começa a fazer essa barreira de maneira a que a água da ria se começa a acumular. Ele queria juntar o máximo de água junto à futura abertura para que esta pudesse funcionar como pressão para abrir a barra. É que o Gomes de Carvalho chegou à conclusão que a diferença de nível entre a maré baixa e a altura que poderia obter com essa acumulação de água era de dois ou três metros, desnível esse que, depois de aberta uma pequena abertura entre a ria e o mar, seria o suficiente para empurrar toda a água para fora.

Foi então que a água da ria se acumulou tanto a ponto de inundar as zonas baixas da cidade de Aveiro.

Simplesmente, quando a água começa a encher, os donos das marinhas, que na altura eram as pessoas mais ricas de Aveiro, começaram a ficar prejudicados imediatamente porque as salinas ficaram inundadas e deixaram de produzir sal. E os protestos da população foram subindo de tom a ponto do Gomes de Carvalho ter ficado praticamente sozinho na sua determinação de abrir a barra no local que tinha escolhido.

Entretanto, no Inverno de 1808 choveu tanto que Aveiro começa a ficar inundada. A cidade chegou a ter água até aos telhados das zonas mais baixas. Toda a gente andava desesperada e só ele dizia: "Isto é ouro que está a cair". Porque ele tinha determinado que precisava de ter um desnível muito alto para depois, quando abrisse uma pequena abertura entre o mar e a ria, os milhões de quilolitros de água por si só cavassem aquilo que naquela altura as máquinas não conseguiam fazer.

E, por fim, abre-se a barra em 1808…

A água atinge o ponto máximo e o Gomes de Carvalho com a ajuda de meia dúzia de pessoas, a 3 de Abril de 1808, vai ao local onde tinha determinado a abertura, arranca a pequena barragem de estacas, ele próprio risca com a bota o local por onde a abertura acontecerá, abre-se um pequeno canal entre a ria e o mar e rapidamente a água começa a fluir, a fluir, a fluir e cavar um canal. E em três dias a água escoa tudo, a barra fica aberta e a cidade fica seca.

E foi de tal maneira isto que a cidade de Aveiro aclamou o Gomes de Carvalho como um grande herói, deram-lhe todas as honras e ele passou de odiado a grande herói porque fez aquilo que em duzentos e tal anos ninguém tinha feito.

A abertura da barra representou para a região o próprio futuro. Tendo sido um empreendimento tão potencializador, como se explica que o seu obreiro, o engenheiro Gomes de Carvalho, seja hoje um desconhecido da história?

Simplesmente Gomes de Carvalho era um liberal. Houve ostensivamente uma vontade política de apagar o nome de Luís Gomes de Carvalho. O facto dele ter assumido claramente uma posição liberal, numa terra em que as posições de direita normalmente imperam, caiu mal no caldo cultural na cidade de Aveiro.

É que nessa altura acontecem as guerras liberais entre D. Pedro e D. Miguel. Em 1823 dá-se a Vila Francada que é a primeira tentativa que D. Miguel faz para assumir o poder. Em razão dessa tentativa, quem toma conta do poder em Aveiro são as forças adversas. E o homem que tinha sido louvado por toda a gente, que tinha tido todos os prémios da cidade de Aveiro… o mesmo senado que lhe deu os prémios expulsou-o de Aveiro por indigno. E ele teve de sair de Aveiro e foi morrer a Leiria anonimamente e sozinho. O terrível é isto, este homem que foi o principal motor da salvação da cidade de Aveiro foi caindo de tal maneira no esquecimento que hoje não há nada sobre ele a não ser uma pequena rua com o seu nome e uma carta que ele escreveu ao rei para o Brasil a dizer que a barra estava aberta.

200 anos foi quanto durou a marcha para o esquecimento?

Claro que na cidade de Aveiro houve sempre afloramentos de gente progressista, desde o José Estêvão ao Mário Sacramento, passando por aquela gente toda que fez os congressos republicanos. Fui muito amigo do Mário Sacramento, do Álvaro Seiça Neves, do João Sarabando, do Costa e Melo que era gente de esquerda, muito corajosa, determinada e firme. Esta gente eram afloramentos na cidade de Aveiro que tinham muito pouco a ver com a vivência reaccionária da cidade de Aveiro. A impressão que eu tenho é que Aveiro é profundamente conservadora. E, portanto, o espírito aberto que era o Gomes de Carvalho não terá caído bem. Porque só assim se explica que tendo Aveiro transformado Gomes de Carvalho num herói local, passado um ano ou dois ele seja expulso da cidade e ninguém tenha reagido.

A peça de teatro a Longa Marcha para o Esquecimento é, portanto, uma parábola?

Completamente. Esta peça de teatro é uma parábola histórica. Eu fui buscar uma figura histórica de Aveiro para meter um pouco a chopa à cidade, para a acusar de não ser digna dos heróis efectivos que tiveram. Efectivamente houve em Aveiro gente de grande prestígio que tem sido esquecida. Quem sabe hoje quem foi Mário Sacramento? Quem é que sabe que nos anos sessenta o intelectual mais ouvido e respeitado em Portugal era um médico de Aveiro chamado Mário Sacramento? E quem sabe quem foi o João Sarabando ou o Álvaro Seiça Neves? Quem é que continua a ter medo desta gente? Efectivamente a revolução do 25 de Abril e as pessoas que estiveram por de trás da abrilada tornaram-se tão incómodas que quem depois tomou conta do 25 de Abril tudo fez para apagar a memória dos que construíram Abril. Eu sou uma das vítimas.

Fecho da barra transforma a ria num pântano
Que razões explicam o fecho da ligação entre a ria e o mar no século XVI?

No século X a costa marítima de Portugal vinha por Espinho, Esmoriz, Ovar, Estarreja, Salreu, Fermelã, Angeja, Alquerubim, Cacia, Esgueira, Aveiro, Ílhavo, Vagos, Porto Mar, Mira e Cabo Mondego. Veja-se por onde o mar andou. Simplesmente, a partir do século X e XI houve um movimento tectónico que fez o fundo da ria subir. Razão dos ventos e das correntes começa-se então a formar um cabedelo de areia que vem de Espinho. Outro cabedelo começa a vir do Cabo Mondego para cima. Quando as duas línguas de areia se juntaram Aveiro tinha 14 mil habitantes, 300 embarcações e mandava à Terra Nova 60 naus por ano à pesca do bacalhau. Acontece que quando o Luís Gomes de Carvalho aqui chegou a população estava nos 3 mil habitantes, deixou-se de ir à Terra Nova e mesmo as pequenas embarcações desapareceram. Aveiro estava cercada de água morta porque o rio Vouga continuava a despejar para a ria cuja água não saia para o mar. Aveiro ficou a afogar-se de tal maneira que as casas das zonas baixas como as do Alboi ou as do Rossio começaram a ficar debaixo de água.

In: Jornal "O Aveiro".

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Visita à exposição: "A Barra e os Portos da Ria de Aveiro 1808 – 1932"

No passado Domingo, depois de ter visitado a fragata Álvares Cabral, tive a possibilidade de passar na Galeria da antiga Capitania do Porto de Aveiro. Desde o dia 03 de Abril, está em exposição o arquivo Histórico da Administração do Porto de Aveiro, denominado "A Barra e os Portos da Ria de Aveiro, 1808-1932".

A historiadora Inês Amorim é comissária da exposição, juntamente com João Garcia. Os dois especialistas foram os responsáveis científicos pela equipa que, durante mais de um ano, inventariou parte do espólio do arquivo do Porto de Aveiro, tratando-se a APA da única administração portuária a proceder a este tipo de trabalho.

No momento em que lá fui, não havia ninguém na galeria, ninguém, para além do "guardião" daquela relíquia histórica... Tive a possibilidade de vaguear à vontade pela exposição, e de certa forma viver o espírito da época, pois é de enaltecer e sobrelevar a força e a coragem dos técnicos, que sem grandes meios, conseguiram levar esta obra a bom porto e fizeram desta terra aquilo que hoje é...

Quem quiser conhecer um pouco sobre a nossa história, terá a possibilidade de o fazer até ao dia 03 de Maio... Aqui fica o convite.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Camponesa de Ílhavo: Pintura a óleo de J.P. Ribeiro,

Pintura a óleo de J.P. Ribeiro, retrata uma camponesa de Ílhavo de meados do século XIX. Figura altiva, foi retratada trajando a rigor, com a sua saia negra rodada, bolsa à cinta, colete, chinelas e chapéu de abas largas, envolto pelo seu lenço. Ao fundo e de horizonte longínquo e baixo, a paisagem da Ria.

Fonte: Câmara Municipal de Ílhavo - Agenda Viver em - Abril 2008

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Forte da Barra em ruínas espera pela recuperação...

Estão degradadas e ao abandono as instalações do antigo Forte da Barra, na freguesia da Gafanha da Nazaré, Ílhavo, um imóvel classificado de interesse público pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), sobranceiro à ria de Aveiro, que se estima ter sido construído em 1640, durante a Guerra da Restauração.

"O estado em que aquilo se encontra é fácil de ver, é só passar por lá e pela sua área circundante, com a erva a crescer por todo o lado, no meio de restos de comida que parece ser a alimentação de gatos ou de ratos ou de outro tipo de animal sem dono", desabafou, ao JN, António Angeja, do Clube Natureza e Aventura de Ílhavo. O coronel na reserva, que na sua vida profissional esteve colocado no Museu Militar, em Coimbra, preocupa-se com a história da região.

"Aquilo está tudo abandonado e acho que alguma coisa poderia ser feita", considera António Angeja, que recorda que não há muito tempo chegou a alertar os deputados eleitos para a Assembleia da República por Aveiro, "mas até agora não tive resposta nenhuma", afirmou. "Mandei-lhes um e-mail onde se diz 'Pobre Forte da Barra de Aveiro, belo ao longe mas em ruína'", contou. "Aquilo está mesmo ao lado do Jardim Oudinot, onde se tem gasto muito dinheiro em recuperação", disse.

Para António Angeja, as instalações do Forte da Barra poderiam ter bastante interesse para muitas coisas, inclusive para um Museu da Ria". "Era um óptimo local", refere.

Concurso sem candidatos

Património do Estado, gerido pela Administração do Porto de Aveiro (APA), que está a comemorar o segundo centenário da abertura da barra de Aveiro, o Forte não está esquecido por aquele organismo, segundo diz o presidente da APA. José Luís Cacho considera que as instalações do Forte da Barra têm condições para serem aproveitadas do ponto de vista turístico.

"Já tivemos um concurso para recuperação e aproveitamento turístico do Forte mas não apareceu ninguém", lembrou José Luís Cacho, que admite a possibilidade de um novo concurso vir a ser lançado com o mesmo fim.

Para o presidente da APA, aquele organismo não tem condições para fazer a obra. "Terá que ser um privado a recuperá-lo e a aproveitá-lo com um período grande de concessão para poder rentabilizar o investimento. É um assunto que não está esquecido e que espera oportunidade", frisou.

Segundo António Angeja, a Tenalha ou Forte da Barra é constituída por dois meios baluartes ligados por um cortina, tendo apenas sido concluído o baluarte sul com três canhoeiras. Uma das cortinas é rasgada por tripla arcaria com acesso por escadaria, à esquerda, para o terraço superior, erguendo-se ali uma torre de vigia. Unem-se ao forte várias construções, quer no meio baluarte a norte, quer correndo ao longo da cortina interior. No século XIX, perdida a sua eficácia militar, foi construída, contígua à fortaleza, uma bateria rasa. Uma das três canhoeiras que existiam na bateria rasa, é hoje utilizada como entrada para cais de embarcações.

Fonte: JN

Bicentenário da Barra de Aveiro no "Portugal em Directo"

VÍDEO I



VÍDEO II




VÍDEO III




VÍDEO IV


II Encontro Empresarial Luso-Espanhol de Logística


A cooperação na área da logística entre Portugal e Espanha constitui um domínio estratégico para a afirmação da competitividade internacional da economia dos dois países, no contexto de um mundo globalizado. Responde a uma necessidade resultante do reforço do relacionamento bilateral dos últimos anos e do aprofundamento da integração europeia.


O II Encontro Empresarial Luso-Espanhol de Logística, que irá realizar-se em Leixões a 10 e 11 de Abril de 2008 e é promovido pelo Porto de Leixões, Porto de Aveiro e pela Zaldesa – Plataforma Logística de Salamanca, irá aprofundar as relações já estabelecidas e potenciar a actividade logística como factor de crescimento e desenvolvimento do Norte e Centro de Portugal e da região de Castela-Leão.



Fonte: www.congressologistica.com

terça-feira, 8 de abril de 2008

Arquivo APA: Escafandro

1871 - 1922 - Escafandro, N.º A 2236

Armadura de borracha, metal, tela, couro e vidro, usada para trabalhos no fundo da água.

Foto: Porto de Aveiro.

Documento Histórico V - Planta da obra da Barra

Planta datada de 30 de Julho de 1809
Representa a Obra da Barra de Aveiro, aberta a 03 de Abril de 1808, na posição onde ainda hoje se encontra.