Este mês, a Revista da Armada dá especial destaque aos 200 anos da abertura da Barra de Aveiro, um acontecimento histórico e memorável para as gentes da terra...
Porto de Aveiro - 1610.
Atlas de Pedro Teixeira de Albernaz.
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"As primeiras referências documentais à região de Aveiro datam do século XI (entre 1037 e 1065), sendo pois anteriores à criação do Estado Português ou mesmo do Condado Portucalense.
Nessa época a linha de costa nesta região era substancialmente diferente da actual. Ovar tinha deixado de ser uma povoação do litoral estando já protegida do mar por um cordão dunar que foi avançando sucessivamente para Sul.
No entanto, Aveiro, Ílhavo, Vagos e Mira mantinham-se como povoações à beira do Oceano e há referências a importantes actividades marítimas."
Nessa época a linha de costa nesta região era substancialmente diferente da actual. Ovar tinha deixado de ser uma povoação do litoral estando já protegida do mar por um cordão dunar que foi avançando sucessivamente para Sul.
No entanto, Aveiro, Ílhavo, Vagos e Mira mantinham-se como povoações à beira do Oceano e há referências a importantes actividades marítimas."
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Estávamos no tempo das Invasões Francesas; em Novembro de 1807 o Exército Franco-Espanhol comandado por Junot invade e ocupa Portugal enquanto a Corte e o governo retiram para o Brasil.
A 3 de Abril de 1808, com o auxílio das fortes chuvadas que se fizeram sentir, e com o desnível de mais de 2 metros entre as águas lagunares e o oceano, retirou-se o último obstáculo – uma pequena barragem de estacaria – e as águas rasgam o que resta do cordão dunar que, ao fim de 3 dias está estabilizado com 4 a 6 metros de profundidade e 264 de largura.
A decisão de trazer a Barra para Norte, onde estivera nos Séculos XV e XVI, próximo da cidade e das marinhas de sal, mostrou-se a solução providencial que resistiu ao longo de dois séculos e devolveu à Ria de Aveiro, e às suas gentes, as suas capacidades económicas e bem estar social.
A 3 de Abril de 1808, com o auxílio das fortes chuvadas que se fizeram sentir, e com o desnível de mais de 2 metros entre as águas lagunares e o oceano, retirou-se o último obstáculo – uma pequena barragem de estacaria – e as águas rasgam o que resta do cordão dunar que, ao fim de 3 dias está estabilizado com 4 a 6 metros de profundidade e 264 de largura.
A decisão de trazer a Barra para Norte, onde estivera nos Séculos XV e XVI, próximo da cidade e das marinhas de sal, mostrou-se a solução providencial que resistiu ao longo de dois séculos e devolveu à Ria de Aveiro, e às suas gentes, as suas capacidades económicas e bem estar social.
Fonte: Revista da Armada
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