terça-feira, 20 de novembro de 2007

Centenas de golfinhos dão à costa e morrem


Centenas de golfinhos estão a dar à costa da ilha cabo-verdiana da Boa Vista, tendo morrido pelo menos 265, noticia hoje a imprensa de Cabo Verde. Um desastre ecológico que os biólogos ainda não conseguiram explicar.

Contactada pela Rádio de Cabo Verde (RCV), uma especialista afirmou desconhecerem-se, para já, as razões que levaram os golfinhos a dirigirem-se para as praias em tão grande número. De acordo com a RCV, domingo encalharam numa praia da Boa Vista 265 golfinhos, que acabaram por morrer apesar das tentativas das autoridades marítimas e de populares para os salvar alguns desses animais marítimos. Os golfinhos mortos foram imediatamente enterrados no local. Hoje deu à costa mais um grupo, constituído por cerca de 70 exemplares, havendo também poucas possibilidades de os salvar, apesar dos esforços que estão a ser feitos para pelo menos devolver ao mar alguns. Mais 400 golfinhos a caminhoEntrevistada pela RCV, a bióloga Ivone Delgado referiu que ao largo da ilha está mais um grupo de golfinhos, constituído por cerca de 400 exemplares que aparentam estar desorientados e que poderão também dar à costa. Contactada pela TSF, Marina Sequeira, bióloga marinha do Instituto de Conservação da Natureza, explica que para perceber este fenómeno é necessário, primeiro, identificar a espécie de golfinhos de que se trata. «Podemos estar na presença de uma espécie gregária, na qual os elementos do grupo têm laços muito fortes entre si, e se há um ou dois animais doentes que se dirijam para a praia, os outros membros do grupo não abandonam esse animal», explicou a bióloga.«Há também espécies que são afectadas por sonares militares de alta-frequência, porque as frequências são tão elevadas que causam danos irreversíveis no ouvido interno e os animais acabam por morrer», acrescenta Marina Sequeira.Para salvar os restante animais, a biológica sugere que as autoridades tentem «empurrar os animais sobreviventes para o mar» ou, no caso de ser uma espécie gregária, «é preciso eliminar os animais doentes ou feridos» para que os outros saiam da praia.
Fonte: TSF

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