quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Forte da Barra - A Origem


Embora os roteiros turísticos da região, não ajudem e as marcas do tempo teimem em marcar presença, o Forte da Barra, também conhecido como Forte Pombalino, Forte Novo ou Castelo da Gafanha, não deixa de ser um importante marco na história desta região, que tem o mar e a ria por tradição.

Localizado no extremo oeste da Ilha da Mó do Meio, na Gafanha da Nazaré, e classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto-Lei nº 735 de 21 de Dezembro de 1974, o Forte da Barra trata-se de "...uma obra do tipo abaluartado, restando, actualmente, uma pequena cortina de dois meios baluartes. Depois que deixou de ser necessária a defesa do Rio Vouga, foram edificadas construções sobre a cortina e o meio baluarte norte. Também o espaço existente entre os dois meios baluartes foi afectado. No baluarte sul foi erguida uma torre de sinalização mas, nesse lado, ainda é visível parte da escarpa, cordão e três canhoeiras cortadas no parapeito. Os dois meios baluartes remontam, assim parece, a épocas diferentes. O flanco norte aparenta ser oblíquo à cortina, enquanto o do sul é perpendicular. Também as linhas rasantes não são do mesmo ângulo". Descrição de Nogueira Gonçalves no Inventário Artístico de Portugal.

O forte nunca teve funções militares importantes, pois o assoreamento que progredia na foz do Vouga desde o séc. XV, fez avançar mais a linha da costa, com interrupções intermitentes do acesso ao mar. A situação veio a conhecer o seu estado presente com a abertura da Barra de Aveiro (fim do séc. XIX) que separou São Jacinto da Barra Nova, a construção do Farol de Aveiro e de dois molhes de mar que guardam a actual foz da Ria de Aveiro.

No séc. XX, o forte passou, a ser administrado pela Junta do Porto de Aveiro, depois Junta Autónoma do Porto de Aveiro e, mais recentemente, Administração do Porto de Aveiro.
Nas últimas décadas o piso térreo da fortificação foi usado como depósito de materiais e o farol continua a desempenhar funções de sinalização na navegação interna.

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