O velho Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, estará transformado no Verão do próximo ano no maior "parque da ria". A obra é o resultado de uma parceria entre a Câmara de Ílhavo e a Administração do Porto de Aveiro (APA). Faz parte do Plano Intermunicipal Unir@Ria, desenvolvido pela Associação de Municípios da Ria, e garante o acesso directo da população da Gafanha da Nazaré à Ria, na única zona onde é possível dentro da área portuária. "O parque é o maior de todos os que estão no plano", sublinha o presidente da Câmara, Ribau Esteves. O protocolo que define as responsabilidades de gestão e manutenção da obra será formalizado em breve.
Para todas as idades
A operação de requalificação urbana e ambiental cumpre vários objectivos. "A riqueza está exactamente no seu conjunto que se traduzirá na criação de um parque de grande qualidade", explica Ribau. No plano marítimo, o autarca destaca o enrocamento da margem sul do canal e do esteiro Oudinot e a dragagem e criação de estruturas de flutuadores para ancoradouro no "Caldeirão do Oudinot".
A intervenção, orçada em 3,3 milhões de euros, inclui o restauro da ponte das "Portas de Água", a criação de uma praia fluvial, com apoio de bar, a qualificação das zonas de circulação pedonal e ciclável, e um investimento "muito grande" no ajardinamento, arborização, arrelvamento e instalação de iluminação pública. Equipamentos desportivos, parques infantis e uma área de manutenção sénior completam o leque de ofertas para o lazer. Tudo para fazer em seis meses.
Com esta operação, o autarca acredita que ficam reunidas as condições básicas para "dar vida 24 horas por dia" ao Jardim Oudinot. "Teremos elementos atractivos para gente de todas as idades e criamos condições para a realização de eventos culturais e desportivos", garante.
O Navio Museu Santo André continuará, entretanto, a assumir um papel importante no plano de dinamização do Jardim Oudinot. O pólo do Museu Marítimo de Ílhavo está atracado no canal de Mira desde o Verão de 2001, perpetuando a história da pesca do bacalhau nos mares do Norte, depois de, durante 50 anos, ter operado nos mares da Terra Nova, Angola e Gronelândia. "Vai ganhar um espaço fronteiro com qualidade que agora não tem", afirma Ribau Esteves, admitindo que, no futuro, outros navios possam vir a atracar naquela zona. O Navio Museu Santo André continuará, entretanto, a assumir um papel importante no plano de dinamização do Jardim Oudinot. O pólo do Museu Marítimo de Ílhavo está atracado no canal de Mira desde o Verão de 2001, perpetuando a história da pesca do bacalhau nos mares do Norte, depois de, durante 50 anos, ter operado nos mares da Terra Nova, Angola e Gronelândia. "Vai ganhar um espaço fronteiro com qualidade que agora não tem", afirma Ribau Esteves, admitindo que, no futuro, outros navios possam vir a atracar naquela zona.
Museu Vivo da Ria
De resto, os projectos da Câmara para o Oudinot não se esgotam nesta operação de requalificação. Está ainda prevista a construção de um hotel que será entregue a privados, em regime de concessão. O Museu Vivo da Ria é outro objectivo para cumprir a "médio--longo" prazo. "A ideia é termos um centro interpretativo, utilizando as novas tecnologias para dar a conhecer a ria", explica. Faz parte do Plano de Pormenor do Jardim e do Forte da Barra, mas só avançará mais tarde.
Uma referência nos séculos XIX e XX
Situado na ponta norte do canal de Mira, numa zona privilegiada na relação entre a terra e a Ria de Aveiro, o Jardim Oudinot foi, durante os séculos XIX e XX um referência obrigatória dos momentos de recreio e lazer da população da região. Está situado em frente ao terminal Norte do porto de Aveiro.
Mais parques na Barra e na Malhada
O Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria de Aveiro Unir@Ria prevê mais dois "parques da ria" no concelho de Ílhavo o Parque da Meia Laranja, na praia da Barra, e o Parque da Malhada, no Esteiro da Malhada, em São Salvador, ambos no município de Ílhavo.
Fonte: Jornal de Notícias
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